A ASCENSÃO DO NECK DEEP NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS



A revista Kerrang! dessa semana traz uma entrevista com Ben e uma review do show sold-out no O2 Academy Brixton, em London, no dia 13 de outubro. A revista fala sobre a ascensão da banda nos últimos três anos, mostrando o quão rápido o Neck Deep e sua base de fãs cresceu nos últimos três anos e classificou o show como "clássico". Veja a seguir a tradução da matéria.

Como você se manteve calmo nessa noite?

"Eu estaria mentindo se dissesse que eu não estava com medo ou muito nervoso antes do show, mas estou me sentindo bem com o resultado. Agora que acabou, eu sinto uma mistura de sentimentos. Tem muito alívio para nós e muita descrença. Tem também esse senso de 'Puta merda! Isso realmente aconteceu!?'"


É louco pensar que vocês são a mesma banda que tocaram no Barfly há apenas três anos atrás. Vocês tem noção do quão extraordinariamente rápida foi essa progressão?

"Eu sei, é muito louco! Eu acho que desde que nós somos uma banda, o mundo em geral se moveu mundo rápido ao mesmo tempo. Quer dizer, sem dúvida isso é a coisa mais insana que já fizemos e é a conquista da qual eu mais me orgulho."


Você tem alguma memória destacada do show?

"In Bloom. Olhar para aquelas pessoas todas cantando junto foi muito bom. Eu tirei uma foto mental disso, e a visão de um show sold-out em Brixton Academy com todas aquelas pessoas cantando a letra comigo é uma das coisas que vou lembrar pelo resto da vida. Eu sei que muitas pessoas vão questionar como e porquê chegamos aqui, mas chegamos, e foda-se qualquer um que fale merda sobre nós. As pessoas que realmente importam são aquelas que vieram nos ver tocar nessa noite. Essas são nossas pessoas."



Sexta-feira 13 é mesmo dia de azar para alguns. Graças a uma má sorte dos quatro integrantes da banda, os, apropriadamente chamados, Woes são desviados para o palco enquanto todos ainda estão naquele labirinto de fila. O vocalista do Neck Deep, Ben Barlow, tenta até mesmo ajudar a segurança a colocar as pessoas para dentro rapidamente, o que é um bom toque após o acontecido entre a banda e os seguranças na Nottingham Rock City há três dias. Tudo o que significa que é impossível dizer da fila que vira a esquina se o cover deles de All Star, do Smash Mouth, é uma inspiração pro começo da festa ou não.

De modo similar auto-depreciativo, estilo triste, o Real Friends toca seus corações frente a uma bandeira que diz "Wow, What a Great Day", e mostravam grande animação para o show. Conforme o espirito da ocasião, eles inteligentemente evitaram seus instintos de briga, com Dan Lambton mantendo sua sobriedade.

Entre as bandas, o fundador da instituição de caridade anti-suicida, Hope For The Day, Jonny Boucher, faz discursos entusiasmados promovendo a saúde mental com um carisma, entusiasmo e energia que dá a sua adição ao show com ar de um homenageador com uma mensagem.

Do mesmo modo, o vocalista do As It Is, Patty Walters é a própria definição de hype enquanto ele entra com tudo no palco. Sua banda existe há tanto tempo quanto os headliners desta noite, mas o crescimento deles tem sido um aumento mais gradual. Mas quando todo o local está saltitando com os pop-punks de Brighton em Pretty Little Distance e gritando seus pulmões em Dial Tones, parece uma boa audição para fazer algo desse tamanho algum dia.

No entanto, Neck Deep não fez apenas um show muito bem feito em Brixton. Eles mostram todas as paradas e truques, passando as coisas perfeitamente com uma mistura de músicas antigas e novas para agradar todas as seções de sua base de fãs. À medida que os canhões de CO2 explodem e as explosões de fogo se elevam em direção ao teto com as palavras "When the world went up in flames" em Happy Judgement Day, é difícil acreditar que este é o mesmo grupo estranho que teve todo esforço sozinho no Barfly, com capacidade de 200 pessoas, há apenas três anos. Eles cresceram nesse papel tão rapidamente quanto sua base de fãs aumentou, com os vocais de Ben agora confiantes, fortes e pronto para o desafio.

O constante coro faz com que pareça como uma celebração compartilhada, também, e quando os lasers penetram no mar de fãs durante In Bloom, as coisas atingem um nível de evento épico. A mistura das duas músicas, Can't Kick Up The Roots e Where Do We Go When We Go, concluída com uma chuva com confetes, confirma a beleza do show. Porque o Neck Deep não apenas detonou esse marco pessoal, derrubaram um marcador para um futuro destemido que não deveria ter limites.


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